Fonte: Gazeta do Povo de sexta-feira, 20 de julho de 2007
ano 89 – nº 28.383 – Notícia de Themys Cabral

A prefeitura de Curitiba vai implantar ainda este ano mudaças no Estacionamento Regulamentado (EstaR), que dará lugar a um sistema mais moderno e eficiente de fiscalizar e gerenciar as cerca de 7 mil vagas rotativas no Centro, Bigorrilho, Batel e Portão. Os cartões de papel poderão ser trocados por créditos adquiridos em parquimetros ou mesmo pelo telefone celular.

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O excesso de falsificações nos cartões do EstaR levou a prefeitura de Curitiba a uma decisão: o sistema de estacionamento regulamentado da capital passará por uma reforma ao fim deste ano. Atualmente, de acordo com estimativas oficiais, a falsificação atinge 40% dos cartões usados na cidade – média superior à nacional, que gira em torno de 30%.

Em Curitiba, há 7 mil vagas destinadas ao EstaR. Todas ficam em bairros da região central: Centro, Batel, Bigorrilho e Portão. “Estamos buscando uma solução que traga mais facilidade e melhore o acesso ao EstaR. O nosso objetivo é substituir o cartão por outro sistema. O nosso foco é o cidadão”, afirma o coordenador do grupo de trabalho e coordenador do EstaR, Pedro Luiz Rosso.

Segundo ele, o prazo inicial para a conclusão dos estudos era este mês. “Tinhamos até o mês de julho para terminar o diagnóstico, mas abriu-se um leque muito grande de opções. As propostas estão sendo apresentadas e o grupo de trabalho está analisando a viabilidade delas. Não temos ainda o relatório final”, diz.

Modelos

Ontem, foi a vez da empresa Directnet, incubada pelo ISAE-FGV, apresentar o seu aparelho, o Cellpark. O sistema permite que o usuário libere a sua vaga de EstaR por mensagem de texto de celular mediante a compra antecipada de créditos. Segundo Pedro Luiz Rosso, a Urbs já recebeu empresas que ofereceram parquímetros e compra de créditos por palm-tops. Nas próximas semanas, outras propostas ainda serão avaliadas.

Segundo o sócio-gerente da Directnet, Paulino Rocha e Silva, o produto apresentado pela empresa é sustentável e não trará custos para a administração pública. A idéia é que o usuário compre previamente créditos. Quando for usar uma vaga de Estar, ele mandará uma mensagem de texto pelo celular para uma central e receberá, em seguida, a liberação no próprio telefone.

Por essa proposta, os agentes de trânsito deixariam de lado a prancheta e a caneta e passariam a fazer a fiscalização por meio de um PDA (mini-computador), fornecido sem custo algum para o município. Os usuários poderiam, então, escolher continuar usando o modelo de cartão tradicional, que passa a ser fiscalizado também pelo PDA, ou aderir ao EstaR eletrônico com a compra antecipada de créditos. “A fiscalização seria mais efetiva e o município passaria a não ter mais prejuízos com falsificação”, afirma Silva.

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