Governo prepara projeto de lei para fazer do celular um cartão de crédito

O que mais se pode fazer com um celular hoje em dia? Ele já é utilizado como agenda, máquina fotográfica, computador, lanterna, GPS e até como telefone. Agora o governo prepara um projeto de lei que criará regras para o uso do celular como “moedas eletrônicas”, o que abriria caminho para as operadoras de telefonia prestarem serviços financeiros aos bancos via celular.

Desde 2010, as operadoras de telefonia e as instituições financeiras tentam popularizar o novo meio de pagamento, mas são poucos os estabelecimentos que recebem o celular no lugar do cartão, e pouquíssimos os clientes que têm acesso a essa tecnologia. Números revelam que a oferta de serviços pelo internet banking já fez cair os custos das transações bancárias.

 

Pagar pelo celular pode ampliar o mercado com as pessoas que não tem conta bancária ou cartão de crédito

Com o celular, estima-se que haverá queda de mais 25% desses custos. O comerciante Ademir Pereira, dono de uma rede de panificação, afirma que o serviço pode ser benéfico para as lojas, mas não sabe se cairá no gosto das pessoas. “Toda nova forma de pagamento é benéfica para os comerciantes, o problema é saber se as pessoas irão se acostumar com a nova tecnologia”, afirma.

O Banco do Brasil e a Oi já firmaram parceria para utilizar essa nova ferramenta. O intuíto é atingir 60 milhões de clientes do banco, principlamente os de renda baixa que utilizam o celular pré-pago. Outros bancos como, Itaú, Santander, Bradesco e a Caixa Econômica Federal, também já desenvolveram projetos para usar o celular como cartão. A Caixa já estuda efetuar o pagamento do Bolsa Família via celular. Neste ano, a Vivo e a Pay Pal firmaram parceria para lançar um serviço de envio e recebimento de pagamentos via celular. O sistema utiliza a tecnologia USSD, similar ao SMS, e está disponível nos aparelhos GSM. No ato da compra a máquina enviará uma mensagem para o celular de quem irá pagar. O indivíduo coloca a senha e responde para a máquina, que aprova a compra. Não é necessário utilizar a internet e as informações dos clientes são armazenadas com critérios internacionais de proteção de dados.

O sistema também auxiliará a população que mora em regiões que não contam com agências bancárias. As pessoas poderão utilizar o celular para pagar despesas em lojas que utilizam as máquinas de débito e crédito. Para Luciana Rodrigues, moradora do bairro São Miguel, da cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, o uso do celular para fazer o pagamento de compras auxiliará muito. “Poderemos comprar muitas coisas nas lojas aqui do bairro, sem a necessidade de ir para o centro para retirar o dinheiro”, afirma.

 

Fonte: Revista On-Line Perspectiva Isae  17ª edição

 
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