fonte: Teia de Notícias

Considerados mártires pelo povo japonês, os homens que trabalham para resfriar os reatores da usina nuclear em Fukushima sacrificam a própria vida para salvar a de milhões de compatriotas. De 50 homens que trabalhavam em condições extremas na quarta-feira (16), agora eles somam 180. Todos imbuídos do espírito do povo oriental de fazer o melhor para evitar o pior. Segundo relatos em blogs, os heróis da nação japonesa atuam na completa escuridão, com roupas especiais, tanques de oxigênio nas costas, máscaras no rosto. Eles agem para evitar uma tragédia nuclear ainda mais devastadora. Na manhã desta quinta-feira (horário local), helicópteros do exército japonês revezaram-se na tentativa de resfriar os reatores 3 e 4 da usina de Fukushima. Segundo a ONU, a situação em Fukushima “é muito séria”

A operação, que só pôde durar 40 minutos por causa dos elevados índices de radiação, concentrou-se sobre o reator 3, alimentado por plutônio em vez de urânio e que por isso apresenta um potencial destrutivo maior em caso de vazamento. O porta-voz do governo Yukio Edano avaliou como satisfatória a tentativa de resfriar os reatores com os helicópteros, mas a Tepco, empresa que gerencia a usina, afirmou que os índices de radiação continuam altos : 3 mil microsievert por hora, enquanto o nível considerado seguro é de mil microsievert por ano.

Nas próximas horas, caminhões-pipa do Japão e dos Estados Unidos devem lançar jatos de água sobre os reatores a uma distância considerada segura pelos técnicos da usina. A urgência com que as equipes trabalham se explica pelo risco de fusão das varetas de combustíveis. Nesse cenário, os níveis de radiação liberados na atmosfera seriam altos o suficiente para impedir qualquer aproximação dos trabalhadores, além de configurarem uma tragédia semelhante ao que se viu na usina soviética de Chernobyl, em 1986. (Com informações das Agências Internacionai)


 
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