Acabou a pilha? Não tem problema: Use limões

Tungado do Blog Geek Si14

Nessa
experiência, fizemos uma pilha elétrica de limão e com ela, alimentamos
um relógio digital de pulso. O experimento pode ser feito em pouco
tempo (menos de duas horas) e não requer materiais complicados.

História

Tudo começou com um físico italiano chamado Alessandro Volta
(1745-1827) que fazia testes com diferentes tipos de metais colocados
em taças de vinho. Volta descobriu que dependendo da combinação dos
metais no vinho, ele poderia obter diferentes grandezas de tensão
elétrica. Mais tarde, ele substituiu o vinho por ácido e a tensão
obtida foi ainda maior. Empilhou esses metais intercalados com feltro
embebecido em ácido e estava inventada a pilha elétrica.

O Experimento

O que fizemos aqui foi uma reprodução da pilha elétrica de Volta,
obtendo diferença de potencial elétrico (tensão) e alimentando um
relógio digital de pulso com a pilha de limão. Aqui vai o material
necessário:

  • Limões – de onde obtemos o ácido cítrico;
  • Cobre – nesse caso, algumas moedas de 5 centavos;
  • Zinco – nesse caso, chapas de zinco retiradas de um velho capacitor eletrolítico;
  • Fios elétricos – para fazer as ligações necessárias;
  • Um relógio de pulso digital – de camelô mesmo :-)

Passo 1 – Preparando o Relógio

A primeira coisa a fazer é preparar o relógio para a experiência.
Abrimos o relógio com uma chave de fenda e retiramos o “mecanismo”. Na
parte de trás desse mecanismo, fica a pilha que alimenta o relógio.
Retiramos essa pilha e substituímos por dois fios.

            Relógio digital de pulso desmontado.                               Relógio digital de pulso - lado "B".

É importante observar a polaridade do mecanismo e da pilha. Nesse
caso (e creio que em quase todos os casos), o polo positivo fica na
carcaça (parte de metal que fica atrás do mecanismo) e o polo negativo
da alimentação fica do lado oposto. Na foto abaixo, o fio do lado
esquerdo liga o polo positivo e o do lado direito liga o negativo.

        Instalando os fios nos terminais posito e negativo do relógio.

Passo 2 – Abrindo o Capacitor

Como foi citado anteriormente, para esse experimento utilizamos
cobre e zinco. Obtemos o cobre utilizando uma moeda de cinco centavos
(Tiradentes). No caso do zinco, aproveitamos de um velho capacitor
eletrolítico, que possui o zinco em forma de folha enrolada. Para abrir
o capacitor, foi utilizado um alicate comum, apenas.

                Capacitor eletrolítico desmontado.

O capacitor eletrolítico possui duas lâminas de metal enrolado sobre
um papel embebecido em uma substância oleosa. Esses metais normalmente
são o alumínio (mais claro) e o zinco (mais escuro). Desenrolando o
material e utilizando uma tesoura comum, fica fácil obter um pedaço de
zinco. Algumas variações dessa experiência costumam utilizar um prego
no lugar da chapa de zinco.

Passo 3  – Fazendo a Pilha

No polo negativo do fio do relógio, fixamos a placa de zinco. No polo positivo, enforcamos o Tiradentes  :-) .

          Relógio com o polo positivo ligado ao cobre e o negativo ligado ao zindo.

Nesse experimento, como obtemos apenas cerca de 0.4V  de cada
conjunto limão+cobre+zinco, tivemos que utilizar 3 limões ligados em
série. O relógio então funcionou normalmente com os 1.259V gerados
pelos 3 limões.

          Pilha de limão alimentando o relógio.

              Multímetro medindo a tensão da pilha.

A tensão obtida pode depender dos metais utilizados, da quantidade
de suco dentro do limão, do tipo de limão e da maneira com que esses
metais são inseridos na fruta.  Existem variações dessa experiência
onde pode-se encontrar combinações com alumínio no lugar do cobre e
utilizar outras frutas e tubérculos no lugar do limão, tais como
abacaxi, laranja, banana ou batata.

 
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About The Author

Paul

Paulino R. e Silva. Mestre Supremo das Ciências Ocultas, Senhor absoluto da Chave de Pandora: adora assistir os Flinkstones, curte Milk-Shake de OvoMaltine e tem alergia a repolho (fica com gazes). Hiperativo, usa este e mais 36 blogs como formas legítimas de procrastinação e compartilhamento de informações quase úteis.

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