O programa inglês “Britain´s Got Talent” é mais ou menos como o “ìdolos” ou o “astros” aqui no brasil: Três jurados divertem o público ao selecionar (e avacalhar) os candidatos menos toscos para um concurso de música. Neste tipo de programa o legal mesmo são os candidatos bizarros, cuja execração pública é garantia de muitas risadas e grande ibope para transmissão televisiva.

Neste contexto, Paul Potts parecia ser um prato cheio: Baixinho, gordinho e vestido com um terno barato se apresentou – suando a beça e com cara de choro – na frente dos jurados e para uma plateia cheia no palco do Cardiff´s Millennium Centre. Paul, que até então era vendedor de celulares, jamais tinha se apresentado para qualquer tipo platéia. Com baixíssima alta estima e  vitimizado desde pequeno  (por outros garotos que o achavam ridículo), Paul – conforme contou mais tarde – quase não entrou no palco.

As coisas ficaram mais interessantes quando os jurados perguntaram o que Paul viera fazer alí; Com ombros encolhidos e sem dúvida querendo fugir de lá, ele timidamente respondeu: “-cantar ópera”. Neste momento os jurados se entreolham com desdém e os olhos de Paul lacrimejam. Certamente pelo misto de humilhação, medo e ansiedade. Então ele começa cantar. Observe a reação dos jurados à Nessun Dorma de Potts.

 
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