Fonte: Gazeta do Povo (11 de agosto de 2008) / Caderno de Inovação – Pag. 7

From CellPark

Estacionar o carro nas ruas do centro de Curitiba não é tarefa das mais fáceis. Primeiro é preciso sorte para encontrar uma vaga. Depois, é preciso muito mais sorte para encontrar um agente de trânsito para
comprar o cartão do EstaR. A reclamação é sempre a mesma: na hora de comprar o cartão, eles nunca aparecem. Mas é só virar as costas e deixar o carro por cinco minutos sem o EstaR e a fiscalização surge como por encanto. E a multa é inevitável.

Para solucionar não só este problema, mas também para dar conforto a usuários e mais eficiência à Urbs, autarquia responsável pelo trânsito em Curitiba, a empresa DirectNet desenvolve o chamado Cellpark, um sistema de liberação do EstaR pelo telefone celular. A DirectNet está incubada no Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde 2005, já
teve o serviço testado e avaliado pela Urbs, conseguiu certificações e homologações.
Agora, conta o sócio-gerente Paulino Rocha e Silva, falta colocá-lo em teste pela própria população. “Estamos na parte política”, conta.

O sistema é baseado no princípio de que os créditos carregados no celular podem ser usados para pagar por serviços e produtos – seja uma lata de refrigerante ou uma vaga no estacionamento. Basta digitar o código correspondente no celular. Depois que a liberação do EstaR é feita, os agentes de trânsito que
circulam pelas ruas podem verificar, por meio de computadores de mão (conhecidos como palms), se o carro está estacionado regularmente.

Pelo telefone, o motorista é avisado que seu horário está vencendo, pode liberar outra hora ou saber se o carro foi retirado da vaga antes do horário – o que ajuda em casos de roubo, por exemp lo. Para a prefeitura, diz o sócio da DirectNet, o sistema é mais rápido e mais eficiente. “A Urbs já atestou que o
sistema fica 30% mais eficiente”, diz.

Rocha e Silva ainda não sabe se o sistema será ou não adotado pela prefeitura de Curitiba. Mas tem certeza de que o projeto só chegou ao ponto em que está graças à passagem pela incubadora do Isae/FGV. Lá, diz ele, recebeu não só o apoio da própria incubadora como de colegas de outras empresas incubadas. “Não só na parte tecnológica mas também na parte de mercado. Há um intercâmbio lá dentro”, conta Rocha e Silva. “Para alguns projetos, se não estiver incubado fica bem difícil levar para a frente.” (FL)

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