Alguns ciêntistas fizeram alguns testes interessantes com macacos, com a finalidade de induzir um comportamento obsessivo de hiperatividade. Para isto, bloquearam a passagem de dopamina no cerebro de alguns chipanzés. A dopamina é responsável pela noção temporal, e sua associação e percepção de recompensa.

É importante ressaltar que o comportamento dos humanos e dos símios é bem similar em alguns pontos. Por exemplo, quanto maior a proximidade temporal de recompensa, maior o estimulo à liberação de dopamina. Daí a grande tendência de todas as pessoas em deixar as coisas para “ultima hora”.

Bem, com o desnível de dopamina os macacos perderam a noção do tempo, ficando em constante perspectiva de recompensa. Tinham a impressao que a recompensa pelo trabalho deles iria chegar a qualquer momento, e tornaram-se workholics. Macacos anteriormente preguiçosos passaram a trabalhar 18 a 20 horas por dia. Um quadro típico de hiperatividade com hiperconcentração.

O fato é que os desníveis de dopamina podem levar a quadros inversos, em que a noção de recompensa perde-se em um tempo infinito, e a punição pelos atrasos em compromissos regulados pelo tempo tornam-se eminentes, mesmo que o compromisso esteja em um lapso temporal distante. Daih a ansiedade, a pressa e a angustia.

Sendo que a DDA bloqueia a noção espaço/tempo do indivíduo, pautamentos externos devem ser utilizados. Um PDA (ou relógio alarme), por exemplo, avisando a hora que vc deve sair de casa é uma boa solução. Não agendas, mas sim alarmes. Agendas e anotações exigem constante atenção nelas, o que pode levar a um estado de angústia. Pelo menos em casos mais profundos.

 
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